Passarinhos do Meu Quintal

Meu quintal é grande, é um mundo cheio de passarinhos... Uns bem engraçadinhos, outros nem tanto. Tem passarinho chato, passarinho que faz pensar, outros que só fazem raiva.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Pet Virtual

Nossa achei linda demais essa possibilidade de escolher um animalzinho para colocar no blog. Quando estiverem por aqui, quem não quiser comentar, pode pelo menos dar um pãozinho para a minha patinha (é na caixinha MORE que pega o pão).

Eu sei que pato não é passarinho (no site não tinha essa opção), mas de qualquer forma tem bico, asas e voa.

A feliz vida sedentária

Ser intolerante é muito fácil, tanto que basta um pequeno deslize e o preconceito aparece lá gigante pela própria natureza...

Navegando pela internet é fácil perceber que as pessoas geralmente usam a caixa alta para destilar opiniões preconceituosas para todos os lados.E na vida real isso não é diferente e às vezes me irrita o quanto é fácil criticar.

Não sou perfeita, por isso mesmo me vigio constantemente para não cometer esses desatinos. Tenho pensamento próprio, mas acredito que a verdade absoluta não existe, o que existe são noções de valores diferenciadas e que devem ser respeitadas.

É difícil quando você assume que não gosta de coisas que todo mundo diz gostar ou que é consenso de que são boas, sinto que por pouco os radicais não nos apedrejam em praça pública.

Eu, por exemplo, não suporto a vida saudável, dou total apoio para quem pratica, mas esse negócio de fazer exercícios (cruzes), comer frutas, legumes e verduras (blerg), não fumar, não beber: TÔ FORA!!

Não aconselho ninguém a me seguir, apenas não gosto e ponto.

Prefiro viver cinqüenta anos comendo uma bela picanha gordurosa, bebendo minha cerveja gelada e fumando meu cigarrinho, do que oitenta comendo alfafa e correndo feito treinando de maratona. Exageros à parte eu adoro minha vida sedentária de colesterol alto. Posso me arrepender no futuro? Talvez, mas já estou bem grandinha e aprendi a aceitar as conseqüências dos meus atos. Assim não admito que alguém levante seu dedinho para me sabatinar sobre os malefícios que estou causando à MINHA vida.

Na minha família os parentes que não bebiam, não fumavam morreram super jovens vitimados por aneurismas cerebrais que sabe-se lá porque um belo dia resolveram estourar. Enquanto isso, tenho outra parte da família que faz jaca de pantufa, bebem pra caramba, fumam como caiporas e estão ai dando o ar da graça no planeta. Se estão 100% saúde? Craro que não, né Cróvis... mas estão felizes e na minha humilde opinião isso é o que basta.

Não sei se vou chegar aos cinqüenta, sessenta, oitenta, mas de qualquer jeito eu não saberia, tantas coisas podem vir antes, o aneurisma, uma hecatombe nuclear ou um ônibus na contramão, sei lá.

O que sei é que quando eu for acertar minhas continhas lá com o Criador, vou poder dizer que fui feliz pacas, se fui obediente e boazinha é outra história.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Saudades de passarinho


Minha bisavó era de uma singeleza comovente, não guardava nada, distribuía tudo entre os montes de netos que ia fazendo pela vida.

Desde criança eu tinha uma admiração por ela e me lembro como se fosse hoje, nas tardes empoeiradas de domingo, ela vindo a cavalo pelo chão batido de vermelho, de longe eu, meus irmãos, primos e toda a criançada da rua toda já saíamos gritando: “A vó do cavalo chegou, a vó do cavalo chegou”, lógico que a gente levava uns petelecos de nossas respectivas mães, que insistiam em explicar que ela era nossa bisavó e não do cavalo, mas não adiantava.

Ela caminhava muito devagar, e parava para cada neto que queria beijar suas mãos e pedir sua benção. Tenho ainda a sensação daquelas mãozinhas enrugadas entre as minhas. Ela andava com um embornal cheio de mimos, brinquedinhos velhos que ela achava por ai e distribuía entre as crianças.

Eu fui crescendo e ela diminuindo. Só adulta é que percebi o quanto ela era pequenina, um metro e meio de pura ternura.

Alguns primos foram crescendo e ficando revoltados porque ela não tava nem ai, todos os dias religiosamente se postava em frente a igreja matriz e pedia “em nome dos netinhos”. O que eles não entendiam é que ela não se prendia a bobagens como laços de sangue, qualquer criança carente virava seu neto.

Lembro que às vezes passava antes do trabalho lá para pedir a benção e conversar um pouco, comprava pão doce e café com leite, e ela ia guardando de lado: “mas vó, a senhora não vai comer?” e ela com voz muito calma “daqui a pouco”. Que nada ela ficava era esperando as crianças, que não demoravam muito iam aparecendo.

Partiu dessa vida como um passarinho, e para a família deixou a melhor das heranças: a lição de como o mundo pode ser doce e a vida simples.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Dias quadrados


Hoje está um dia estranho, meio cinza, com um vento forte, cara de inverno, cara de dia que vem chuvão forte, enfim um dia quadradinho.

Nesses dias bate aquela melancolia, aquela saudade de não-sei-o-quê.

Contra isso só um guarda-chuva psicodélico e uma bota sete léguas amarela, ou uma meia bem colorida e um casaco de flanela ou uma xícara de chocolate quente e uma manta xadrez.

Preciso por cor e calor nesse dia!

quinta-feira, agosto 17, 2006

Coisas de Monk


Ontem eu percebi quanto de Monk eu tenho, aliás acho que todo mundo tem, mas a gente só nota o quanto é obsessivo quando se flagra no meio de uma situação digna do seriado.

O excelente ator Tony Shalhoub interpreta o detetive Adrian Monk que é portador de Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC, claro que na série a maioria das situações ganha um tom cômico, mais brando, mas em algumas nuances é possível perceber toda a carga de sofrimento mental da personagem principal.

E é exatamente essa sensação. Eu por exemplo, tenho um monte de manias: não consigo terminar um trabalho antes do minuto final. Consigo arrumar um monte de outras coisas para fazer e só quando o prazo vence, eu consigo terminar. É um sofrimento enorme, se eu tenho um prazo de 30 dias, são 30 dias de puro tormento, pois todo dia eu penso obsessivamente que tenho que terminar o trabalho e ele não rende.

Se eu recebo um texto enorme, eu não consigo ler enquanto não arrumo as quebras de linha, sabe aqueles textos importados do PDF que ficam todos fora de lugar? Pois é já arrumei um com mais de 700 páginas, tive que organizar tudinho antes de começar a ler.

E ontem, me peguei em flagrante delito, brigando com um açucareiro que tinha a tampa torta e não fechava direito, quando percebi a situação cantei pro Monk subir, sai da mesa e deixei lá o açucareiro de tampa torta, mas ele ainda persegue meus pensamentos.

terça-feira, agosto 15, 2006

Desapareceu.org


A gente passa por alguns apuros e acaba aprendendo mais rápido.

Passamos por dois dias terríveis de buscas e mobilizações, o que valeu foi a força de amigos e sites especializados na busca de pessoas. Bendita Internet!!!

Por isso indico para todos estejam procurando alguém, ou não, visitem o site do desapareceu.org: http://www.desapareceu.org talvez você tenha uma pista de uma das inúmeras pessoas que desaparecem todos os dias.

Passarinho aliviado agradece!

domingo, agosto 13, 2006

E o bicho continua solto


Todos nós fomos assaltados ontem pela aparição de um membro do PCC - Primeiro Comando da Capital mandando o seu recado em uma das maiores emissoras do país.

As cenas pareciam aquelas de terroristas internacionais. Vejam só, São Paulo atingiu o ápice! tudo que o governo estadual fingiu não ver durante anos, foi agora desnudado na televisão.

Nenhuma autoridade quer se manifestar, mas o texto lido ontem demonstrou algumas coisas: primeiro o nível de organização do PCC, segundo o texto até o recado final tinha fortes traços de linguagem normalmente utilizada por advogados, prova disso foi a dificuldade de leitura e entonação e o principal, o recado final "não mexam com nossas famílias, e nós não mexeremos com a de vocês" ou ainda "nossa luta é com o governo".

Pois é, filho feio não tem pai mesmo. Agora que o PCC demonstrou sua força, nenhuma autoridade quer se responsabilizar por tudo que está acontecendo, e esse domingo, Dia dos Pais, amanheceu aqui em São Paulo com uma mescla de ressaca e espanto, que deixa claro que ainda não estamos acreditando ou conseguindo ver o panorama geral de nossa problemática social.

Parabéns senhores políticos, pelo maravilhosos filhos que vocês criaram com a incompetência, arrogância e hipocrisia.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Passarinho quer dançar...


Hoje eu tô feliz, passarinho aqui lutou, lutou, rachou a cuca de estudar mais valeu, 10º lugar no concurso....
2007 tá prometendo... mas até chegar a hora da contratação: Vamos voaaaar!!! É dia de Festa!

quinta-feira, agosto 10, 2006

Passarinhos peculiares

É incrível como o ser humano é capaz de superar-se quando a matéria é complicar a vida dos outros.

De manhã, ônibus atrasado, um monte de gente no ponto, eis que lá vem uma senhorinha dessas que sabe-se lá o porquê resolve ir para o shopping antes das 7 da manhã.

Já parada no segundo degrau da porta de entrada:

- Esse ônibus passa no shopping?

Motorista engraçadinho como só: - Não...

Lá vai a coitadinha descendo de novo, quando alguém grita:- Passa sim!

Volta a senhora:- Passa?

Motorista:- Não... - pausa suficiente para ela começar a descer de novo - passa no ponto "du" lado do shopping, mas no shopping não.

Daí apareceu a dúvida e a senhora sem saber se subia ou descia do ônibus, com o pé no ar continou insistindo:- Passa ou não passa?

Motorista:- Não... no shopping ele não...

E a galera atrasadona:- Passa sim tia, entra aí...

Todos devidamente mal acomodados dentro do ônibus, o motorista arranca e continua tentando explicar que passava no ponto e coisa e tal...

Pára no ponto seguinte e lá vem a pergunta de novo:

- Esse ônibus passa no shopping?

Dããããã, tudo de novo, como diz uma menininha no ônibus:

- Nindém meguece!

Finalmente criei vergonha


E criei um loguinho personalizado no corel...

terça-feira, agosto 08, 2006

Passarinhos presos e o bicho solto em Sampa


Ver o noticiário ontem enojou! Que caras de pau esse povo de elite que controla a mídia "PCC ataca, mas população não se deixa abater e mantém o ritmo de trabalho".

Bando de feladaputa, a gente se ferrando no busão ainda mais lotado que o habitual, virando paçoquinha expressa e os nossos patrões felizes pois os nóia dos paulista continuam trabalhando pelo bem e riqueza do Estado.

Me poupe! Todo mundo se matando na condução, levantando mais cedo, andando a pé para o Estado não parar, agora me diz pra quê? Pra gente continuar correndo pra casa com medo e no outro dia começar todo o calvário de novo?

E o Governo do Estado o que faz, além de picuinhas políticas que não levam a lugar nenhum, representado por machinhos de plantão que batem os pezinhos e destilam testosterona na televisão através de palavras grosseiras e discussões banais?

Ora, meus senhores! Querem provar que são machos? Então larguem desses carros blindados e ponham a cara na periferia, mano!! Faço uma proposta: troquem de lugar um dia com o povão, quem sabe conhecendo a realidade vocês parem de gracinhas e realmente encontrem a solução.

O que mais me irrita é que não demora e um bando de babacas se metem ai pelas ruas vestidos de branco e com faixas pedindo paz!

Peçam, não!! O que precisa é pão, saúde, educação e casa pro povão, basta de hipocrisia, vamos realmente arregaçar as mangas e lutar por melhores condições de vida para todos e contra esse circo de horrores.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Mudanças


Resolvi que não dava pra ficar com uma carinha de blogger muito parecida com um monte de gente. Eu entendo patavinas de programação, mas fui testando pedaço por pedaço pelo menos para mudar as cores.

No futuro espero conseguir personalizar de forma mais legal, com uma imagem em cima (coisa que ainda não aprendi, mas já vi por aqui).

As cores estão (eu sei) totalmente loucas, mas agora que já descobri como faz, vou mudando até chegar no ponto desejado. Devagar vamos voando cada vez mais alto.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Que saudades do Sérgio


O dia de ontem foi um daqueles em que acabei invocando da memória o querido Sérgio Porto e seus textos maravilhosos: "Difícil dizer o que incomoda mais, se a inteligência ostensiva ou a burrice extravasante." (In: Pensamentos do Lalau).

Logo pela manhã primeira fila: Casa Lotérica que até bem pouco tempo atrás era o local mais rápido e fácil para realizar saques da Caixa Econômica, pagar contas, recarregar celular, enfim uma mão na roda.

Mas como o FEBEAPÁ* continua vigente nesse país descobriram um esquema de corrupção na empresa operadora do antigo sistema e a Caixa decidiu rapidinho trocar de empresa. Resultado: As lotéricas estão um caos, sempre sem sistema.

O pior é o atendimento: lá na fila vem a mocinha do "posso ajudar?", uma invenção que fizeram para atazanar nossas vidas de forma cordial, já que as ditas mocinhas nunca sabem realmente nos ajudar e desfilam suas pérolas:
- O da senhora é o que?
- Saque.
- Com cartão? Tá sem sistema...

Resposta merecida - Não minha filha com um 38, porque aqui só tem dois jeitos de sacar dinheiro ou com cartão ou assaltando...

E lá vamos nós para a Agência da Caixa mais próxima tentar sacar um parco dinheirinho... novamente uma fila imensa e mais uma brilhante moçoila do "Posso Ajudar?". Essa fica lá com cara de paisagem, mascando irritantemente uns chicletinhos.
Uma senhora um pouco mais a frente se atrapalha com a máquina e chama a tal mocinha. Ela vem com cara de enfado e orienta a pobre senhorinha a dirigir-se a outra fila enorme com outros caixas eletrônicos com a alegação de que eles seriam "mais fáceis".

Ora, vejam vocês os caixas eram iguaizinhos! Devo ter lançado um olhar tão mortal para a tal mocinha, que tentando redimir-se da má vontade anterior, tascou:
- A senhora me chamou porque que quer que eu ajude?

Minha boca foi mais rápida e respondi sem pensar:
- Não, ela te chamou porque você é bonitinha e simpática... a fila toda riu, fiquei com certo remorso, mas tenha Santa Paciência!!

Tá difícil...
*FEBEAPÁ1 (Primeiro Festival de Besteira Que Assola o País), Editora do Autor, 1966 e FEBEAPÁ2 (Segundo Festival de Besteira Que Assola o Pais), Editora Sabiá, 1967

quarta-feira, agosto 02, 2006

Do outro lado do quintal


Não sei qual das duas choca mais

Não dá pra entender


É duro pensar que em um quintal não muito longe daqui acontece uma guerra insana. Não interessam os motivos, preocupam os resultados. As imagens que chegam diariamente pela net são chocantes, é duro constatar que ninguém está pensando no futuro.

Essa foto choca pelo olhar tão pequeno e tão endurecido já, refletor do horror e da descrença. Ninguém pensa nos terroristas que estamos criando para daqui há pouco, pouquinho mesmo.

É a mesma atrocidade que criou no Brasil fortes organizações criminosas, foram crianças que também tiveram na retina estampado o horror da hipocrisia e da mais pura falta de respeito pela humanidade.

No futuro próximo, talvez não vejamos mais os passarinhos...

terça-feira, agosto 01, 2006

Primeira missão cumprida... vamos aos passarinhos!


Se tem uma coisa que eu adoro é viajar! Principalmente as viagens que apelidei de bizzarras.

Vou para a rodoviária (sim, rodoviária, sou como o passarinho da Gol, só viajo de ônibus, odeio aviões). Bem, vou para a Rodoviária escolho um nome de cidade que parece interessante e que tenha um percurso que dê para ir e voltar no meu tempo pré-programado, compro a passagem, e é só curtir a paisagem.

O legal é que quando você chega em cidades pequenas, que não são turísticas, ao desembarcar do ônibus você vira uma espécie de ET, porque nessas cidades todo mundo conhece todo mundo e na hora já sacam que você é de fora, daí começa a parte bizarra da coisa.

Todo mundo morrendo de vontade de saber quem você é, mas com medo que na sua mochila tenha uma arma marciana desintegradora.

Encontrado o geralmente único hotel da cidade, que não por acaso fica no centro, perto da rodoviária, farmácia, supermercado, da casa lotérica etc e tal é hora de dar uma volta e procurar um lugar legal pra comer. Nem sempre a comida é boa, mas a diversão é garantida. Continua a sessão mistério... e as perguntas habituais dos atendendes "Você é parente de fulano?", "Veio pro casamento de cicrano?" ou "pro velório de Beltrano", para a coisa ficar mais divertida, todas essas perguntas devem ser respondidas com um "dão" e um simpático sorriso sempre.

Bom, nem precisa dizer que acontece de tudo: o quarto de hotel quando tem televisão, ela não funciona direito. os chuveiros são outros quinhentos dão choque, são frios ou quentes demais e geralmente a gente faz um tour pelo hotel achando um quarto melhorzinho.

Só na hora de ir embora (essas viagens são geralmente curtas) ou quando viro motivo de visitação pública eu constumo responder "Vim passear, conhecer a cidade", a essa altura já estão todos acreditando que sou doida mesmo e de ET, só a cabeça na Lua.

É ótimo viajar assim, além de conhecer cidades que a maioria nunca nem ouviu falar, essas viagens rendem histórias maravilhosas para os netos. :)

Começamos mal


Resisti enquanto pude, mas decidi experimentar esse tal de blog,mas nós já começamos mal.

Tudo parece não funcionar, e ainda não descobri como fazer esse pobre blog pular, dançar e sapatear...
Ai, ai, ai,

Vamos ver no que é que dá.

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